Potencial zeta como critério de padronização de coagulante nas estações de tratamento de Água



A qualidade da água potável é um dos pilares fundamentais para garantir a saúde pública e o bem-estar das comunidades. Nas estações de tratamento o processo de coagulação desempenha um papel essencial na remoção de impurezas e no cumprimento dos padrões de potabilidade. No entanto, a escolha e o controle adequados do coagulante utilizado são desafios recorrentes para os operadores e gestores dessas estações. 

O controle e a padronização de polímeros para a remoção máxima de contaminantes são os principais objetivos de qualquer estação de tratamento de fluídos. No entanto, nem sempre a quantidade de polímeros utilizada é adequada para o tipo de tratamento ou para a quantidade de impurezas presentes. 

A dosagem incorreta de polímeros pode trazer implicações significativas tanto para a eficiência do processo de tratamento quanto para os custos operacionais. O uso excessivo de polímeros não apenas aumenta os gastos com insumos, mas também pode gerar subprodutos indesejáveis, como resíduos que dificultam o manejo de lodos. Por outro lado, a subdosagem compromete a qualidade de fluídos tratados, deixando partículas suspensas e microrganismos patogênicos que podem ultrapassar as barreiras subsequentes do tratamento. 

Uma forma de facilitar a coagulação está relacionada às cargas superficiais das partículas suspensas em uma forma aquosa, a adição de uma quantidade de polímeros reduz a carga superficial negativa das partículas orgânicas e assim desestabilizando e ajudando e formando agregados. 


 


Existem diversas metodologias para análise do potencial zeta, como espectroscopia de atenuação acústica e eletroforese. O Zeta Meter utiliza a eletroforese para realizar medições precisas, permitindo que os coloides se movam de acordo com seu potencial zeta e em direção à carga elétrica. Essa abordagem oferece resultados rápidos, em apenas segundos. 


 


O deslocamento dos coloides pode ser visualizado no vídeo ou pela ocular do microscópio. O monitoramento é feito ao manter pressionado o botão de comando, permitindo rastrear o percurso de vários coloides pelo retículo da câmara. 

O módulo central exibe informações como o número de coloides rastreados, o potencial zeta ou a mobilidade eletroforética média, o desvio padrão, a temperatura e a condutância média específica 

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Federal da Colômbia, foi utilizado um processo convencional de potabilização de água, composto pelas etapas de coagulação, floculação, sedimentação e filtração. O coagulante empregado foi o policloreto de alumínio (PAC), que demonstrou maior eficiência na remoção de turbidez em comparação ao sulfato de alumínio (SAL). Além disso, o PAC reduziu a quantidade de alumínio residual na água tratada. 

O estudo avaliou amostras de água tratadas com carvão ativado e ajustadas para valores de pH entre 8,0 e 8,5, utilizando diferentes doses de SAL e PAC. Foi observado que o potencial zeta das amostras apresentou correlação direta com os níveis de turbidez e cor. 

Os resultados indicaram que o potencial zeta permaneceu dentro de um intervalo específico, no qual foram alcançados os menores níveis de turbidez e cor. Fora desse intervalo, tanto em valores mais negativos quanto mais positivos, foi necessário ajustar a dosagem do coagulante para otimizar o tratamento. Esse ajuste favoreceu a formação de flóculos, promovendo maior eficiência na clarificação da água. 


 


Os resultados obtidos destacam a importância do controle preciso das condições do processo de coagulação, especialmente em relação ao tipo e à dosagem do coagulante, assim como o ajuste do pH e do potencial zeta. O uso do policloreto de alumínio (PAC) mostrou ser uma alternativa mais eficaz que o sulfato de alumínio (SAL), não apenas na remoção de turbidez e cor, mas também na redução de resíduos de alumínio na água tratada. Esses avanços reforçam a possibilidade de otimizar processos de tratamento de água, contribuindo para a produção de água potável com maior qualidade e segurança. 

No setor de papel e celulose, o controle adequado do potencial zeta também é fundamental para garantir a eficiência no tratamento de águas residuais (De acordo com o estudo “Zeta Potential as a Tool to Evaluate the Optimum Performance of a Coagulation-flocculation Process for Wastewater Internal Treatment for Recirculation in the Pulp and Paper Process”). Durante o processo de produção, são gerados efluentes contendo diversas impurezas, como fibras, resíduos químicos e partículas suspensas. A utilização de coagulantes, como o policloreto de alumínio (PAC), associada à monitoração do potencial zeta, é essencial para a remoção eficaz dessas impurezas, promovendo a clarificação da água. Estudos demonstram que, ao ajustar a dosagem de coagulantes conforme o valor do potencial zeta, é possível otimizar a formação de flóculos e reduzir a quantidade de contaminantes no efluente. Isso resulta não apenas na melhoria da qualidade da água tratada, mas também em benefícios econômicos e ambientais, como a redução do consumo de produtos químicos e a minimização da geração de resíduos. O controle preciso desse parâmetro permite, assim, um processo de tratamento mais eficiente e sustentável no setor de papel e celulose. 

 

 


 


Em geral, o controle preciso do potencial zeta é essencial para garantir a eficiência dos processos de coagulação e floculação em diferentes contextos industriais, como no tratamento de fluídos, efluentes e no setor de papel e celulose. A escolha adequada dos coagulantes e a monitoração contínua desse parâmetro não apenas otimiza a remoção de impurezas, mas também proporciona benefícios econômicos e ambientais, como a redução de custos operacionais, o uso eficiente de produtos químicos e a minimização da geração de resíduos. A aplicação de metodologias precisas, como a eletroforese, e o uso de equipamentos especializados, como o Zeta Meter, tornam esses processos mais eficazes, sustentáveis e capazes de atender aos requisitos de qualidade de forma mais eficiente em diversos setores. 

E o Zeta-Meter 4.0 se destaca como uma ferramenta indispensável para análises precisas de potencial zeta, mobilidade eletroforética e caracterização de partículas. Com uma ampla faixa de operação (-250 a +250 mV para potencial zeta e +20 a -20 microns/seg por volt/cm para mobilidade eletroforética), ele oferece flexibilidade para medir partículas com diâmetros entre 1,5 e 100 microns (microscópio) ou 0,5 e 50 microns (vídeo), utilizando apenas 20 mL de amostra. Essa combinação de precisão, versatilidade e simplicidade operacional torna o Zeta-Meter 4.0 uma solução robusta para demandas técnicas exigentes. 


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